Descripción:
O Estado Novo brasileiro (1937- 1945) foi e continua a ser tema de investigações e debates nos mais diversos campos das ciências humanas tanto no Brasil como no exterior. Ao longo dos anos diversos foram os enfoques escolhidos acerca do regime: suas instituições, as formas de desenvolvimento econômico, as composições e alianças políticas, seu impacto na cena internacional, o papel das elites e das classes trabalhadoras, entre outros. As pesquisas pretéritas a que nos referimos ganharam importância especial quando, a seguir ao fim da ditadura militar (1964- 1985), as efemérides acerca do Estado Novo ganharam espaço e destaque no ambiente acadêmico.

Em diversas universidades e centros de pesquisa encontros, simpósios e congressos foram realizados permitindo ao pesquisador contemporâneo um sem número de trabalhos de inquestionável relevância. Algumas pesquisas procuraram analisar endogenamente o Estado Novo, preocupando-se com suas dinâmicas internas, outras preferiram a análise comparativa com regimes que, na Europa ou nas Américas, estabeleceram modelos mais ou menos semelhantes. Este legado é fundamental para os estudos atuais acerca daquele período histórico. Recentemente, entretanto, novos trabalhos apresentaram abordagens renovadoras, tanto retornando e rediscutindo temas consagrados como também apontando para novas perspectivas de análise.

Neste livro, pesquisadores brasileiros e estrangeiros apresentam e discutem sob diversas perspectivas o legado do Estado Novo brasileiro e também outras experiências autoritárias. A preocupação central é a indagação que serve de título para este livro: o que há de novo? Assim, esta coletânea resulta em um mosaico que não apenas demonstra parte do atual estágio das pesquisas sobre o tema como também procura indicar caminhos ainda não trilhados para investigações futuras.